terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quando a curiosidade fez bem!

Observando as belíssimas abelhas sem ferrão

Qual a relação entre um jogador de futebol, um jornalista e um biólogo? 

Tenho a impressão de que sempre fui "curioso". Não esse tipo de pessoa que se preocupa mais com a vida dos outros do que com a sua. Estou falando da curiosidade de entender como as coisas funcionam. De compreender porque as coisas funcionam desse e não daquele jeito. 

Desde cedo eu já gostava de desmontar coisas, embora nem sempre elas voltassem a funcionar como deveriam. Dessa forma, acabei fazendo curso de manutenção de microcomputadores, o que não me deixou um expert no assunto, mas me deu uma noção legal para saber lidar um pouco com os problemas do meu computador.

Quando estava finalizando o Ensino Médio, ainda sonhava acreditava que poderia ser jogador de futebol. No entanto, um dia literalmente acordei e notei que estava na hora de pensar em uma profissão. Lembro que fiquei na dúvida entre Educação Física e Jornalismo. Afinal de contas, com a primeira opção eu poderia ser treinador de futebol ou me aventurar no jornalismo esportivo com a segunda alternativa. Naquela época, quase "tudo" em minha mente girava em torno de um campo e 22 homens chutando uma bola.

E foi pensando assim, que tentei meu primeiro vestibular. Acabei prestando vestibular para os dois cursos. Sem muito sucesso, entrei em um cursinho pré-vestibular. E entre aulas fantásticas e outras entediantes, fui reparando em um professor em especial. Sabe aquele tipo de professor que dança conforme a “banda toca”? Quando a turma é animada, ele se solta mais. Entretanto, se os alunos são mais “frios” ele mantém uma postura mais retraída. A questão é que seja qual fosse o “tipo” de turma, a aula sempre era legal e ele sempre passava o conteúdo com o mesmo entusiasmo.

E foi assim, que entre uma aula e outra de Biologia, fui deixando o desejo de ser jogador, treinador, jornalista esportivo... e o meu lado “curioso” voltou a tona! Lembro que comecei a me dar conta disso, quando ele falava sobre doenças. Pois, ficava extremamente instigado para entender porque tal vírus ou bactéria age, como o processo ocorria no organismo das vítimas...

Algum tempo depois comecei a cursar Biologia. No início, pretendia seguir na área de Genética, de preferência trabalhar com algo relacionado a doenças. Porém, em meados do curso participei de algumas atividades que envolviam insetos e acabei me apaixonando por essas simpáticas criaturinhas. Principalmente pelas abelhas, meu objeto de estudo nos últimos anos.

O que tudo isso significa? Nada demais. Trata-se apenas de uma boa parte da minha vida (±12 anos), que retratei de forma singela em algumas linhas. Talvez, o que possa ser interessante nisso tudo, é perceber como a vida, muitas vezes no conduz por caminhos que jamais imaginamos percorrer. Estradas até então desconhecidas, mas que por vezes, nos guiam a um local no mínimo satisfatório. 

E a resposta para a pergunta no início do post? Se é que existe, ela não tem a menor importância. O que interessa é buscarmos com afinco aquilo que julgamos importante. Se resolver mudar o "trajeto", não tem problema, nunca é tarde para tentar/recomeçar. Afinal,  o que é prioridade hoje, pode ser apenas uma lembrança amanhã. Como a história de um rapaz que sonhava em conhecer o mundo jogando bola, e hoje se satisfaz "admirando" abelhas.

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