sábado, 17 de novembro de 2012

Quem somos?


Quem de fato somos?

Foi exatamente esse, o questionamento que fiz antes do banho, em uma conhecida rede social. Um dos veículos de comunicação mais utilizados atualmente, onde as pessoas trocam informações, elogios, “farpas”, etc. Ainda no banheiro, me olhei no espelho procurando uma resposta “convincente” para um simples questionamento: “Quem sou eu?”.

Crise de identidade? Não! Ora bolas, sou Wagner, pelo menos até algumas horas atrás.  Mas não é o suficiente, até mesmo, porque acredito que se me chamasse José , teria o mesmo rosto, corpo, ideais... e estaria com a mesma pergunta na mente. Um nome não é o bastante, Wagner temos aos montes, e todos diferem entre si.

Acabo de comer, resolvi a questão da fome, mas não o (antes) simples questionamento. Já faz mais de duas horas que fiz a pergunta. Obtive uma única tentativa de resposta. Levando em consideração a disposição do colega em responder, fico agradecido, embora não considere sua resposta muito conclusiva. Pelo menos não o suficiente para sanar minha dúvida. O calor e a fome passaram, a “curiosidade” não!

Por que será que no mesmo local, onde encontramos argumentação (boa ou ruim) para tudo, só uma pessoa se prontifica para solucionar tal questão? A princípio tenho três “teorias”: 1) Não interessa! Temos questionamentos mais importantes para solucionar; 2) A pergunta é muito simples! Nem vale a minha resposta; 3) Como assim? Humm... não sei a resposta.

Seja no finado orkut , MSN, twitter, skype... nos deparamos com uma familiar caixinha: “Quem sou eu?”. A pergunta pode variar a depender do dispositivo, mas a finalidade é a mesma. No primeiro dia de aula ou na entrevista de emprego, a perna treme, o coração palpita a voz quase não sai, quando dizem: “Fale um pouco sobre você”. Não há escapatória! O mundo "anseia" por uma simples resposta: "Quem é você?".

Como podemos dizer com clareza e objetividade quem somos? Livres da demagogia, hipocrisia, sem se enaltecer demais ou desvalorizar ao extremo? Afinal, como diria uma colega, as redes sociais estão cheia de pessoas amigas, honestas, amorosas, carinhosas... No entanto, quando desligamos nossos pc’s, celulares, tablet’s... a vida aqui “fora” é diferente. Esquecemos de compartilhar esses sentimentos virtuais com a vida real.

Somos muito bons em “saber” quem são os outros. Se tem um “esporte” em que nos superamos (uma mais, outros menos), é o de falar do “perfil” alheio! Mas e quando a pergunta se inverte? Quem somos nós? 

É claro que sabemos em parte o que somos! Mas não o suficiente para “fechar” a questão e tirar um 10. Cada um, ao seu modo se conhece, mesmo que não saiba disso. Ou mesmo que não se aceite como de fato é!  Agora, se você não lembra ao menos o seu nome, pare de ler isso e procure logo ajuda... a coisa ficou realmente séria!

Por fim, continuo em busca de descobrir a cada dia, um pouco mais daquele “cara”que vejo todos os dias no espelho. Aquele cara que às vezes não suporto. E que oras me envergonha, oras me alegra. Com o tempo, a gente vai se entendendo, vai se descobrindo! Todavia, ainda é um grande desafio “encarar” essas “caixinhas”.


"Eu não sei na verdade quem eu sou,
já tentei calcular o meu valor.
Mas sempre encontro sorriso 
e o meu paraíso é onde estou.
Por que a gente é desse jeito
criando conceito pra tudo que restou?"

(Eu não sei na verdade quem eu sou - O Teatro Mágico)

13 comentários:

  1. Respostas
    1. Valeu Josias Jr!

      Apareça mais vezes, gosto muito do seu jeito articulado. Embora, nem sempre concorde com suas argumentações. O que acaba sendo muito bom! =)

      Forte braço!

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  2. Eu não respondi a questão porque a pergunta era "quem somos", e não "quem sou"... é quase impossível dar uma resposta generalista a algo tão mutável quanto a personalidade humana.
    Então eu curti a resposta de um amigo seu, que pelo menos eu acho que chegou perto.

    Quanto a quem sou. Eu sou o que eu vivo. Para cada pessoa eu sou diferente, sendo eu mesma, com as mesmas idéias, as mesmas atitudes etc. quem eu sou depende de quem está me vendo!

    No meu twitter (que fiz já tem um bom tempo) tem uma frase, que deveria definir quem eu sou, mas acaba por confundir quem realmente não me conhece; e eu ainda não pensei nada que pudesse substituir essa frase e me definir de forma mais completa:

    Eu sou o que você vê, mas tudo é uma questão de ponto de vista!
    https://twitter.com/quesia_carvalho

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    Respostas
    1. O “Quem Somos?” é uma provocação que indiretamente leva ao “Quem sou eu?”, ainda que internamente. É como se em um conversa descontraída (ou não), alguém levantasse o questionamento. Acredito que alguns (como o próprio “autor”) iriam começar falando do todo, mas acabariam falam algo de si mesmo.

      Como digo no final do texto, todo nós sabemos quem somos de certa forma. Caso contrário, o problema é mais grave, como no filme que por coincidência passa neste exato momento na televisão, onde o cara não lembra nem o próprio nome. Irei cobrar direitos autorais! =P

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    2. É vero... quem somos leva a quem sou!

      E sim, todos nós sabemos quem somos. Mesmo porque independente de qualquer coisa a gente leva a vida e a vida que levamos de certa forma é o que somos.

      Mas mesmo assim cada um irá nos definir de uma forma diferente. Alguém pode me achar chata e outra pessoa dizer que exatamente aquela coisa que o outro definiu como chato é o que tenho de bom.

      E o mais legal é que o nosso ponto de vista sobre nós mesmos geralmente é diferente do que todo mundo pensa.

      E nem sempre estamos satisfeitos com o que somos, ou pensamos que somos(não necessariamente para se moldar ao que os outros querem, mas pra chegar mais perto do que temos como ideal).

      Somos críticos de nós mesmos e isso nos leva a novas mudanças. O que modifica quem somos para nós e para os outros.

      E as mudanças ocorrem até o dia que chegamos ao fim.

      Então, se for pra definir quem somos... eu penso que somos mutáveis!

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  3. Eu não encano muito com quem eu sou, eu acho que o que eu sou vai atrair pessoas que tenham alguma conexão comigo e repelir quem não simpatiza comigo.

    Se a gente parar pra pensar demais em quem somos, acabamos nos moldando demais àquilo que os outros querem que sejamos.

    Mas claro que vale uma reflexão de vez em quando, principalmente quando quem você é faz mal a si próprio e repele a todos... essa é a hora de contabilizar o que está errado e tentar consertar.

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  4. Sinceramente, não vivo “encanado” com o que sou. E quando isso acontece, não é necessariamente por conta do que as pessoas pensam, caso contrário, irei viver conforme o que elas julgam correto e não eu.

    O texto, nada mais é do que fruto de uma experiência (que não consta no mesmo) engraçada, mas como toda brincadeira tem um fundo de verdade (pelo menos é o que dizem), levou a uma reflexão muito interessante.

    Obrigado pelos comentários!

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    Respostas
    1. Eu sei que você não é encanado, que isso é apenas um questionamento natural do homem, que de vez em quando surge mesmo (em todo mundo) e você aproveitou a oportunidade (o momento) pra abordar o tema no blog.

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    2. Como eu falei... vale a reflexão de vez em quando!

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  5. Por acaso, acabei achando esse vídeo no blog do Marcos Botelho. Talvez descomplique (ou complique ainda mais) o assunto! =D

    Identidade - Vlog do Lu&Tero com Marcos Botelho

    Lembrando que só achei o vídeo depois do post. Todavia, acredito que tenha algo em comum com o que foi dito.

    Abraço!

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  6. Oi Wagner! Muito bom o seu texto e, realmente, coincidência os posts sobre o mesmo assunto. Esse seu texto me lembra na verdade um texto que escrevi há muitos anos atrás pro perfil do Orkut, que deu nome ao meu blog: A tal da Vivian.
    Enfim, adorei tudo aqui.
    Beijão!

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    Respostas
    1. Olá Vivian! Pois é, parece ser um tema que querendo ou não, permeia nossa mente.

      Muito obrigado pelas palavras!
      Seja bem-vinda!

      Bjoos

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