Já faz um tempo. Não sei ao certo quem disse ou por qual razão, mas a analogia foi simples e objetiva: "o povo é como o elefante de circo". Obviamente fiquei tentando entender qual a relação. A questão é que o elefante de circo não tem a menor noção da força que possui, caso contrário não ficaria fazendo gracinhas (sofrendo de stress e desgaste físico), enquanto poucos gargalham. Certamente, "arrebentaria" tudo e iria embora.
Durante muito tempo usei a mesma analogia, seja em sala de aula ou em rodas de discussão, ressaltando a força que o povo tem. Será que o "elefante" tomou consciência da sua força? Talvez. Temos visto muitas manifestações e coisas do gênero nos últimos dias, boa parte delas digna de admiração, outras de repúdio. O desfecho disso tudo só o tempo irá nos mostrar. Todavia, resta uma esperança de que as coisas podem melhorar. De que talvez, o elefante tenha se cansado das chicotadas e segue em busca de uma vida digna.
"Cada passo rumo à meta da justiça requer sacrifício, sofrimento e luta, requer os esforços incansáveis e o interesse apaixonado de indivíduos dedicados. (...)
Não é hora para apatia ou complacência. É hora para ação vigorosa e positiva"
[Martin Luther King]