terça-feira, 31 de dezembro de 2013

(Auto) Retrospectiva


Intenso. Talvez, seja a melhor palavra para definir 2013.
Chegou “mansinho”, com cara de 2012. Ledo engano!
365 dias: trabalho, emoções, oportunidades, decisões.

Voltei a dar aula, conheci gente nova, reencontrei velhos amigos.
Surgiram novos fios de cabelo branco. Percebi que estou ficando velho experiente.
Abandonei certos conceitos. Fiz novas apostas.

Li mais. Escrevi menos.
Pensei muito, entendi pouco. E vice-versa.
Eu disse, intenso, assim foi 2013.

Que venha 2014, com 12 novos meses!
Mais emoções, surpresas, obstáculos, experiências...
E muita paz. Afinal, paz, nunca é demais!

"Que venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer"
[Humberto Gessinger]

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Além do que olhos podem ver


Todo mundo acredita em algo.
Muitas vezes acreditamos no que conseguimos/entendemos.
Valores, conceitos, sentimentos...
No que realmente devemos acreditar?

Aceitamos o palpável.
Mas, o que fazer com tudo que é imperceptível?
Há algo escondido por trás das cores.
Além das imagens que os olhos conseguem processar.

"Acreditar que não acreditamos em nada é crer na crença do descrer"
[Millôr Fernandes]

sábado, 7 de dezembro de 2013

Caminhando


Sigo tentando.
Tropeçando, caindo, levantando.
Em busca de um caminho que já conheço.
Mas que nem sempre é fácil trilhar.

"I'm learning to breathe
I'm learning to crawl"
[Learning To Breathe - Switchfoot]

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Pensamentos


Pensamentos perdidos na mente.
Pedem para sair, partir, seguir em frente.
Parte deles encontra a saída.
Os remanescentes anseiam pelo mesmo.

Estão aprisionados? Ou simplesmente não amadureceram?
Por mim, estariam livres, tão logo desejassem.
Porém, nem sempre sei como desatar os nós, quebrar as correntes.
Então, sigo pensando.

"Eu gosto muito de ficar com os meus pensamentos" 
[Marina Person]

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sementes


Certas coisas não se compram.
Não são encontradas em farmácias, mercados, catálogos.
A paciência é uma delas.
É uma semente que plantamos (ou não) na mente.
A germinação ocorre com o passar do tempo.
Desde que você, cuidadosamente, regue a semente.

"Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência"
[Lenine - Paciência]

sábado, 26 de outubro de 2013

Extraordinário


Extraordinário. R. J. Palacio não poderia ter escolhido palavra melhor, para intitular o livro, e definir o personagem principal. Auggie (August Pullman) é um garotinho de dez anos, que nasceu com uma síndrome genética, resultando em uma grave deformidade facial. O livro é narrado por uma criança, pode até parecer ser para crianças, mas, na minha singela opinião, é altamente indicado para adultos.

A questão do bullying é apenas um detalhe, a história vai bem além disso. Fala de uma série de princípios que parecem ter sido perdidos no tempo. Afinal, como diria Sr. Buzanfa, diretor do colégio de Auggie: "Coragem. Bondade. Amizade. Caráter. Essas qualidades que nos definem como seres humanos e acabam  por nos conduzir a grandeza".

Extraordinário é um "tratado" sobre a gentileza. Mas, se prepare, é daqueles livros que você fica ansioso pelo final. Porém, sente um certo vazio, quando a história termina. Leitura mais que recomendada!

"Vamos criar uma nova regra de vida... 
Sempre tentar ser um pouco mais gentil que o necessário?"
[J. M. Barrie]

Imagens: www.intrinseca.com.br/

domingo, 20 de outubro de 2013

Quanto "vale" a sua "marca"?


Se você fosse um produto, a sua “marca”, seria bem conceituada no mercado? Qual seria a melhor estratégia de marketing para alcançar o público? "Qualidade" ou muita conversa fiada?

Ao longo da jornada, conhecemos muitas pessoas, e querendo ou não, temos que nos relacionar com elas. E como diria o título de um antigo cd do Fruto Sagrado, “O que a gente faz fala muito mais do que só falar”.

Esse preceito significa que deveríamos ser lembrados pelas coisas que fazemos. Elas importam mais do que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do que nossa aparência. As coisas que fazemos sobrevivem a nós. São como os monumentos que as pessoas erguem em honra a heróis depois que eles morrem. Como as pirâmides que os egípcios construíam para homenagear os faraós. Só que, em vez de pedra, são feitas das lembranças que as pessoas têm de você. Por isso nossos feitos são nossos monumentos. Construídos com memórias em vez de pedra” 
[August, Extraordinário]

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Forte? Fraco? Tanto faz!


1986. Os Titãs, já afirmavam: "Homem primata, capitalismo selvagem". Vivemos num mundo altamente competitivo. Ou seria melhor dizer que vivemos na "selva"? Onde prevalece a lei do mais forte! A verdade é que ninguém é forte por todo o tempo, sempre haverá alguma momento vulnerável. E se vivemos de vitórias, conquistas, alegrias; também precisamos (acredite) de derrotas, obstáculos, decepções.

E se volta e meia, penso nessas coisas, ultimamente tem sido quase impossível não refletir sobre o assunto. Sabe aquela música que adentra sua mente e não sai mais? Pois bem, "Contrastes da Vida", faixa que finaliza o último cd (no sentido real da palavra) do Charlie Brown Jr., fala bem disso. A letra, possivelmente, retrata o que se passava na mente de Chorão, nos últimos dias de vida.  

A canção tem seu lado triste, talvez, melancólico. Porém, fala de como as dificuldades nos permitem, crescer, aprender, recomeçar: "É pra eu evoluir, seguir em frente e enfrentar a vida". No momento da dor, não é fácil encontrarmos algo positivo. De qualquer forma, acredito, que de um jeito ou de outro, sempre haverá algum bônus, mesmo que ele seja menor que o ônus

"A ação do tempo nas nossas vidas 
Nos fez ganhar nos fez perder 
A ação do tempo nas nossas vidas 
Deixou a gente sem saber porque 

Hoje eu acordei pra um sonho mais 
É pra eu evoluir, seguir em frente e enfrentar a vida 
Deixar acontecer o que demais está por vir 
Deixar fluir naturalmente 
É pra evoluir, seguir em frente" 
[Contrastes da vida - CBJR]

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Vida de professor


Segunda, terça, quarta, quinta, sexta.
Quase sempre sei como terá início trabalho.
Adentro a sala: "Bom dia!".
Encontro de tudo: sorrisos, caretas, abraços, reclamações.
Se tem rejeição, também há receptividade.
Com o tempo você aprende (ou não) a lidar com isso.

Sim, estou falando de vida de professor.
O profissional que sabe como tudo começa.
Mas, quase nunca, tem a certeza de como termina.
Pelo menos, comigo, funciona desse jeito.
Todos os dias (ou quase todos) chego bem disposto.
Às vezes termino triste, cansado, desanimado.
Já em outros dias, alegria e satisfação me dominam.

Hoje é o dia do professor.
O que podemos comemorar? Qual prestígio, respeito, valorização... temos?
Já disse (Cabo de guerra), duas coisas devem levar alguém, a ser professor.
A falta de opção ou a paixão. Talvez, seja isso, devo ter bem mais da segunda opção.
E certamente, é isso que nos move, acreditar que esse esforço faz alguma diferença.

"Os professores fazem, sim, raios caírem no mesmo lugar, muitas e muitas vezes"
[Taylor Mali]

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

50%


No meio do caminho não há muito o que observar.
Geralmente, são duas longas retas, que precedem curvas.

No meio do caminho não há muito o que escutar.
Um silêncio inexplicável ofusca o mais alto ruído

No meio do caminho não há muito o que sentir.
Os sentidos já foram vitalmente afetados. 

No meio do caminho não há muito o que pensar.
Principalmente, quando nem sabemos se foi caminho andado ou perdido.

"Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está"
[Toquinho]

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Zero a zero


O que fazer quando não sabemos o que fazer?
Há momentos em que a coisa chega a esse ponto.
É quando restam duas alternativas: manter-se em inércia ou agir.
Na primeira opção, o resultado é previsível.
Já na segunda, é justamente o contrário, uma verdadeira incógnita.
Dizem que em time que está ganhando não se mexe.
E quando estamos "empatados"? Quando o placar não sai do 0x0?
A verdade, é que nem sempre sabemos qual "estrada" trilhar.
Todavia, já descobri que ficar parado, também não altera o placar!

"Faça sempre a coisa certa, principalmente quando a coisa certa for a mais difícil"
[Ed René Kivitz] 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cabo de guerra


Depois de um tempo na Educação, passei a pensar que apenas duas razões podem levar uma pessoa a ser professor (a): paixão pela profissão ou falta de opção. Claro que esse pensamento é carregado de um pitada de ironia. Entretanto, a verdade é que ser professor no Brasil é muito complicado. E quem entra em uma sala de aula, dia após dia, sabe que a tendência é piorar. Não preciso aprofundar o tema, todos sabemos da realidade das nossas escolas.

Gosto de ensinar, mas talvez, goste ainda mais da relação que consigo estabelecer com as pessoas (geralmente crianças e jovens) através da sala de aula. Não é algo muito fácil de descrever, talvez, porque algumas coisas não podem ser facilmente definidas, e sim, vivenciadas. Todavia, como vários outros colegas, não posso negar que volta e meia me pergunto se vale a pena. Se lecionar faz sentido, se é futuro, se pode garantir o sucesso (seja lá qual for o seu significado para essa palavra) de alguém.

Por uma infinidade de razões, percebemos que infelizmente, a grande minoria dos nossos alunos se interessa verdadeiramente pelo estudo. Não é raro uma turma de 40 alunos, não ter mais que 10% deles focados no processo. E obviamente esse é um fator que somado aos salários irrisórios, falta de segurança, valorização/respeito... diminui consideravelmente a motivação dos profissionais da Educação, principalmente, aqueles que levam a sério a profissão.

Hoje, estive em um evento com alunos (11 - 14 anos) de diversas escolas da cidade. Como se fosse uma competição, os alunos representavam suas respectivas escolas, defendendo ideias de uma escola sustentável. E depois de observar inúmeras propostas fabulosas, quando pensei que nada mais poderia me surpreender (positivamente), algo aconteceu. Na hora da escolha dos dois alunos que irão representar o município na etapa estadual do evento, um dos escolhidos, que estava exatamente atrás de mim caiu em prantos. O pequeno homem, de no máximo 12 anos, não se conteve ao saber que seu projeto havia sido escolhido.

Do jeito que eu gosto de crianças, não preciso de muito para admirá-las. Ainda assim, poucas vezes vi algo semelhante. Naquele momento, ainda que por um instante, todo professor se tornou aluno. E são em momentos assim, ou em meio a abraços/sorrisos sinceros, demonstrações de superação dos alunos que me vejo quase sempre em meio a um cabo de guerra. Transitando sobre a linha tênue, que separa o desejo de abandonar a Educação da vontade de lutar ao lado desses pequeninos, que a cada dia me ensinam um pouco mais da arte de viver, acreditar e perseverar. 

"A pedra atirada na água nunca sabe o alcance da ondulação que causou"
[Taylor Mali]

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Nós...


Vejo um mundo repleto de pessoas.
Porém, com pouquíssimas conexões.
Não estou falando de tecnologias, e sim, de relações.
Pouco vemos, escutamos, sentimos.
Mas, muito é dito, somos literalmente feras nesse quesito.
Gritamos, esbravejamos, desabafamos.
Chegamos ao limite, isso, quando não o ultrapassamos.
Os "ditos" racionais, nem sempre pensam.
Por vezes, preferem a ação, o instinto, o improviso.
Se acostumaram a uma falsa liberdade.
Trocando a velha "casa" na árvore, por uma luxuosa "gaiola".

"Somos quase livres
Isto é pior do que a prisão
Somos um exército  
O exército de um homem só"
[O Exército de um Homem Só - Engenheiros do Hawaii]

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Home"


"Uma noite a mais ou um dia a menos?"
Era o que muitas vezes se perguntava.
Não era tão cedo, e mesmo assim, crianças brincavam na rua.
"Será que elas estão preocupadas com o dia de amanhã?"
Provavelmente não, elas sabem aproveitar cada instante do dia.
Cansado, percebeu que não valia a pena gastar o que restava de energia.
Não com questionamentos vagos, que não seriam solucionados.
Chegar em casa, e ter alguém a sua espera, é maior que tudo isso.
É quando um sorriso sincero, apaga um dia amargo.

"But just remember on the way home
That you were never meant to feel alone"
[On The Way Home - John Mayer]

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Engrenagens


Hoje descobri que vou perder um aluno, que por questões pessoais irá deixar o colégio. O curioso é que não apenas fui pego de surpresa, como também fiquei atônito com a notícia. O aluno em questão, é daqueles que te forçam a parar inúmeras vezes a aula, sem contar as outras situações que lhe tiram do sério. 

Tendo vivido pouco mais de uma década, é daqueles alunos capaz de nos irritar em poucos minutos de aula, porém, no instante seguinte lhe deixar arrependido de ter sido tão duro com ele. É como boa parte das crianças, desprovido de mágoas, esquecendo a bronca da aula anterior, e esbanjado simpatia e carisma no dia seguinte. 

Talvez, em outros momentos eu pensasse que um aluno a menos, é sinal de menos dor de cabeça. Entretanto, a verdade é que cada aluno é como uma engrenagem que desempenha um papel único, na engenhosa máquina que é uma sala de aula. E cada uma dessas engrenagens é indispensável, seja na arte de aprender, bagunçar, ou simplesmente, encantar. 

"A criança é  por natureza um ser do encantamento, 
um ser que experimenta a leveza, e que não retém a dor"
[Cris Griscon]

sábado, 21 de setembro de 2013

Humildade?


Tenho um pé atrás com quem se "intitula" humilde. Acredito que humildade está mais ligado a essência do que a um mero comportamento. Trata-se de uma importante característica nos vários âmbitos da vida, ao menos, na opinião do autor. Entretanto, ter consciência de suas próprias habilidades/virtudes também é necessário. Afinal, inferiorizar-se não é sinal de humildade, e sim, não enxergar aquilo que o "espelho" nos releva.

"É preciso afirmar que ninguém pode ser humilde por puro formalismo como se cumprisse mera obrigação burocrática. A humildade exprime, pelo contrário, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém"
[Paulo Freire]

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Procedimentos de emergência


O que fazer quando não se sabe o que fazer?
Quando o tempo, fugaz, se esqueceu de você.
O silêncio, outrora ausente, resolve voltar.
E o botão de emergência, não sabemos acionar.

"Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração"
[Roda viva - Chico Buarque]

sábado, 14 de setembro de 2013

Desapego


Comprar, possuir, obter...
Boa parte de nossa energia é destinada a isso.
Até que um dia, você descobre que tem muito mais do que precisa.
Revistas, livros, cd's... lembranças, recordações, velharias.
Muita coisa que pode ser descartada.
Ou simplesmente, desobstruir o caminho.
Afinal, se é passado, é porque passou.

"Vamos pensar numa vida nova
Vamos pensar em ser feliz
O que você tem daqui não leva embora
Desapegar pra ser feliz"
[Desapego - Aliados]


sábado, 7 de setembro de 2013

Tentar é o suficiente?


Sigo tentando.
Em busca da "medida" certa.
Da palavra que realmente consola.
Do momento oportuno de se aproximar.

Sigo buscando.
O jeito eficaz de processar as ideias.
De não desacreditar no que acredito.
Seja fácil ou difícil. 

Sigo em frente.
Dia após dia.
Sem saber se tentar é o suficiente.
Ainda assim, tentando.

"
The things that were so sweet
No longer move my feet
But I keep trying
I keep on trying

All that I want is
Stillness of heart
So I can start
To find my way"

[Stillness of heart - Lenny Kravitz]

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Protagonistas


Existem pessoas e pessoas.
Como assim?
Você sabe, todos sabemos.
Protagonistas, coadjuvantes e figurantes.
Pois é... como nos filmes.
Onde alguns têm "atuação" marcante.
De tal forma, que sem eles, a performance jamais seria a mesma.

"Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros"
[Mario Quintana]


terça-feira, 20 de agosto de 2013

O que nos move?

Vivemos no limite. Na “fronteira” entre seguir em frente ou retroceder.
Contudo, bem ou mal seguimos em frente, pelo menos a maioria dos meros mortais.
O que nos move? O que nos faz levantar a cada manhã faça chuva ou sol?
Amor, sonhos, família, dinheiro, fama?
Existe algo que nos faz tocar a "bola pra frente".
Tenhamos ciência disso ou não.

"O que te faz viver?
O que te faz amar?
O que te faz querer?"
[Um dia a mais - Tanlan]

domingo, 18 de agosto de 2013

Atemporal


Um abraço, uma palavra, um cheiro.
O tempo passa. As lembranças permanecem.
Guardadas na memória. Nutridas pelo coração.
Nem tudo é transitório. Sempre haverá “algo” atemporal.

“Tudo o que tenho de valor são as minhas memórias
Se elas partissem, eu partiria em dois”
[Ninguém mais – Rosa de Saron]

domingo, 11 de agosto de 2013

Pais


Eles são os nossos primeiros "ídolos", heróis, confidentes.
Aqueles a quem recorremos quando a coisa aperta com a "dona" da casa.
O tempo passa e descobrimos a origem de seus "superpoderes".
A relação muda, as conversas mudam... e inevitavelmente o endereço também.
Porém, uma coisa nunca muda, eles são pais, o nosso melhor exemplo de herói!

Feliz Dia dos Pais!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Não compreendo!



Não compreendo. Na verdade, muita coisa entendo, mas não compreendo. Por mais que pareçam coisas iguais, podem ser bem diferentes. Entendo, que algumas pessoas impliquem por bel prazer com outras. Consigo entender tal comportamento, porém, não compreendo a razão. Posso dizer que entendo o que significa "gostar de graça" de alguém. Entretanto, não gostar de graça é bastante estranho. Julgar, implicar, afrontar... alguém que você mal conhece não seria no mínimo injusto?

O problema é que justiça também é algo difícil de se discutir. Alguns não tem a menor noção do significado. Outros parecem não se importar com o assunto. Para ser sincero, tenho a impressão de que boa parte da atual geração, não tem noção do que é se colocar no lugar do próximo. Ou será que do jeito que as coisas andam, o próximo não se encontra tão próximo quanto parece?

Vivemos em sociedade. Ainda assim, acredito que não como no modelo descrito em livros de Ciências e/ou Biologia. Estamos longe de entender o que é viver socialmente, a exemplo de abelhas e formigas. Não sei se você compreende minha singela linha de raciocínio. Todavia, espero que ao menos consiga entender o desabafo.

"Suporta-se com paciência a cólica dos outros"
[Machado de Assis]

sábado, 27 de julho de 2013

Âncoras e velas

"The long leg" de Edward Hopper
O que nos prende?
O que nos conduz?
Amor, dor, fé, orgulho...
Cabe ao capitão controlar a embarcação.
Entender que não é possível ancorar em qualquer porto.
Muito menos viver à deriva.
Se o capitão não sabe a localização, rota, destino... quem saberá?

"Âncora, vela 
Qual me leva? 
Qual me prende?"
[Mapas do acaso - Engenheiros do Hawaii] 

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Grata surpresa!

Estamos tão habituados a conviver com o errado, que quando nos deparamos com o correto, honesto, sensato nos surpreendemos. E se trata de uma grata surpresa. Afinal, por vezes esqueço de que existe muito mais gente de bem do que o contrário. 

"Se o que é errado ficou certo
As coisas são como elas são"
[Capital Inicial]

quinta-feira, 4 de julho de 2013

"Castelo"


Quanto de sentido cabe no silêncio?
Quanto tudo é claro, e ainda assim nublado.
O ponteiro do relógio dança e o tempo parece não passar.
Há um vazio no peito e incerteza no olhar.

Quanto de sentido cabe no silêncio?
Quando o nó desce pela garganta.
E sabemos que disfarçar não adianta.
A calmaria é pior que a tempestade.

Quanto de sentido cabe no silêncio?
Quando se esconder não é o bastante.
O refúgio é um castelo.
Do qual queremos escapar.

"Se você ficar sozinho
Pega a solidão e dança"
[Três dias - Marcelo Camelo]

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Logo ali...


O futuro é logo ali. 
É o próximo instante.
O segundo seguinte.
Ou seja, o reflexo do agora. 

"O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente"
[Mahatma Gandhi]

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Chega de chicotadas!


Já faz um tempo. Não sei ao certo quem disse ou por qual razão, mas a analogia foi simples e objetiva: "o povo é como o elefante de circo". Obviamente fiquei tentando entender qual a relação. A questão é que o elefante de circo não tem a menor noção da força que possui, caso contrário não ficaria fazendo gracinhas (sofrendo de stress e desgaste físico), enquanto poucos gargalham. Certamente, "arrebentaria" tudo e iria embora.  

Durante muito tempo usei a mesma analogia, seja em sala de aula ou em rodas de discussão, ressaltando a força que o povo tem. Será que o "elefante" tomou consciência da sua força? Talvez. Temos visto muitas manifestações e coisas do gênero nos últimos dias, boa parte delas digna de admiração, outras de repúdio.   O desfecho disso tudo só o tempo irá nos mostrar. Todavia, resta uma esperança de que as coisas podem melhorar. De que talvez, o elefante tenha se cansado das chicotadas e segue em busca de uma vida digna.

"Cada passo rumo à meta da justiça requer sacrifício, sofrimento e luta, requer os esforços incansáveis e o interesse apaixonado de indivíduos dedicados. (...) 
Não é hora para apatia ou complacência. É hora para ação vigorosa e positiva" 
[Martin Luther King]

sábado, 22 de junho de 2013

Silenciar


Nem sempre é fácil não dizer nada.
Não ter direito a última resposta.
Escutar e se manter em silêncio.
Discordar e abrir mão de argumentar.

Falo por experiência própria.
Incomoda quando as palavras não chegam ao seu "destino".
Entretanto, muitas vezes não verbalizar é o mais sensato.
Afinal, em certas ocasiões o silêncio fala mais do que palavras.

"O silêncio é um amigo que nunca trai"
[Confúcio]

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Asas cortadas


Acordar com o canto dos pássaros é algo que me faz bem. O que me incomoda é imaginar que esse canto pode ser na verdade um choro. Hoje, acordei e inevitavelmente me deparei com duas gaiolas, contendo um belo pássaro em cada uma delas.

Não posso negar a aflição que senti. Principalmente, pelo fato de se perceber como os bichinhos se mostravam inquietos. Talvez, tentando "entender" o que fizeram de errado para sofrer tamanha punição. Ou lamentando, não por eles, mas pela nossa incrível capacidade de nos sentirmos donos de tudo.

Será que sou ingênuo demais? Pois, não consigo entender como contemplar o belo ("natural") não basta. É preciso manipulá-lo, como se tivéssemos alguma capacidade de torná-lo melhor. Será que se alguém tivesse a capacidade de "capturar" o sol já o teria feito? Certamente. Ele já estaria "guardado" em alguma garagem... como se fosse uma propriedade privada.

"Passarinho na gaiola,
Feito gente na prisão"
[Wando]

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Tempo perdido!


Já falei sobre minha intenção de num futuro próximo trocar a zona urbana pelo campo ("Caminho inverso"). Muitos são os motivos que movem esse desejo. E sem dúvidas, um deles é conhecido como: trânsito. É um absurdo o tempo que passamos "parados" diariamente nas ruas e avenidas das grandes cidades. Ou melhor, é um desperdício de tempo!

Imagine quanto tempo de nossas vidas perdemos, se levarmos em conta as duas, três (ou mais) horas gastas no deslocamento: casa – trabalho/faculdade. O grande problema é que muitas vezes esse tempo perdido não corresponde a distância percorrida, mas ao tempo que literalmente perdemos em inércia.

Livros poderiam ser apreciados, filmes vistos. Conversas poderiam se colocadas em dia ou horas a fio de risos poderiam amenizar o cansaço de mais um dia corrido. No entanto, tudo isso é "trocado" pelo aperto e irritação de um transporte coletivo ou pela solidão de um carro.

Aguardo, ansiosamente o dia em que poderei (novamente) sair do trabalho, e não apenas desfrutar de ar puro, mas também chegar em casa rapidamente. O que nem sempre é possível nos centros urbanos, quando muitas vezes o que resta é um tempinho para tomar banho, comer e deitar. 

Ah... e se ficou alguma dúvida de quando/como escrevi esse  post, posso garantir que na ocasião, não deixava de olhar para o relógio lamentando por mais alguns instantes de tempo perdido.

"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo"
[José Saramago]

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Mudar (?)


Mudar a postura, o discurso, as ações.
Vivemos (ou não) em constante mudança.
Alguém um dia disse: "Um hábito não é uma necessidade".
Digamos que é uma boa forma de analisar os fatos.

Mudar nem sempre é simples.
Porém, muitas vezes é necessário.
Claro que quase sempre é mais fácil falar do que agir.
Contudo, aceitar que algumas mudanças são inevitáveis, pode ser um start.

"Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem 
exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço" 
[Immanuel Kant]

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Números


Vivemos tempos em que muitas vezes os números “valem” mais que as pessoas.
E nesse embalo, também nos vemos reféns dos números.
“Quantos livros você leu?”.
“Quantos minutos faltam para o fim da aula?”.
As pessoas esquecem que dois livros bons valem mais que quatro fúteis.
Ou que uma aula vale pelo conteúdo, e não pelo tempo que leva para acabar.
Às vezes, também me vejo calculando, pensando nos números e não nos fatos.
“Faço em quanto tempo?”
“Quantos dias posso economizar?”.
Contudo, tenho buscado me alertar para algo mais importante.
O fato de que o segredo não é o tempo da “viagem”. E sim a experiência.
Números (muitas vezes) são apenas números!

E eu... o que faço com esses números?”.
[Números - Engenheiros do Hawaii]

domingo, 19 de maio de 2013

Um dia de cada vez


"Qual foi a última vez que você resolveu um problema por ter se preocupado com ele?" (Max Lucado). Depois de um tempo, passei a concordar com alguém (não me pergunte: "Quem?") que um dia disse algo como "A maior parte das coisas com a qual nos preocupamos acabam não acontecendo". E sofrendo por antecipação perdemos: noites de sono, o bom humor, a paz, a saúde. Quando o mais prudente (porém, nem sempre fácil) seria fazer o que se encontra ao nosso "alcance" e aguardar. 

"A cada dia basta o seu próprio mal
Quero só descansar"
[Confiar - Oficina G3]

domingo, 12 de maio de 2013

Mães


Elas brigam, castigam, dão palmadas. E daí?
Elas também cuidam da nossa saúde, alimentação, do nosso futuro.
Elas se preocupam com nossos sentimentos, direcionamento, nossas ações.
Sentem a nossa dor, choram conosco, nos protegem, nos incentivam.
Nos ensinaram a andar, falar, acreditar, sonhar, lutar.
Não nos ensinaram a cair. Contudo, nos mostraram como levantar.
Não poderia ser diferente, elas são mães, exemplo horizontal de amor incondicional.

Feliz Dia das Mães!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O dia


Já faz um tempo. "Hoje" era o dia mais importante. Aquele dia aguardado ansiosamente, com direito a contagem regressiva no calendário e tudo mais. Engraçado como o tempo passa, e o que era hábito perde espaço para o que, outrora, não tinha importância.

Durante anos desejei fervorosamente o dia do meu aniversário. A expectativa por presentes era altíssima, como deve ocorrer com a maioria das crianças. A vontade de "crescer" também fazia parte da "lista de pedidos". Quantos não sonhavam com a maioridade, com o emprego ideal, com o momento de sair de casa?

Lembro desse tempo com um largo sorriso, não mais que isso! Hoje, ganhar presentes e crescer (= envelhecer) não são prioridades. Longe disso, trocaria todos os "benefícios" da atual liberdade, pelo tempo de colégio, em que meus pais respondiam pelos meus atos. Quando vejo crianças que anseiam por serem adultas, imagino se elas teriam o mesmo desejo se soubessem o que é ser "grande".

Depois de um tempo, transformei o dia 10 de maio em algo realmente especial. Seja para refletir sobre o que tem sido feito, agradecer por tudo que passou, planejar os "próximos" dias ou apenas curtir o dia. Penso que não se chatear nessa data já é um belo presente.

Como digo aos meus alunos, "velho é o mundo!", todavia, isso não muda o fato de que o tempo é implacável com as pessoas. De qualquer forma, talvez, o mais importante seja o que fazemos com esses dias, momentos, anos... A vida é algo muito precioso para não ser levada a sério.

Agora, é claro que ser presenteado é bom! Logo, não fiquem tímidos, não me importo do presente chegar amanhã ou depois. Entretanto, nada irá se comparar aquele presente que ganhei em um certo dia 10 de maio. Quando Deus me presenteou com o dom da vida.

"Disseram que o Teu amor é novo a cada dia"
[5:50 AM - Resgate]

sábado, 4 de maio de 2013

100


Chegamos ao centésimo post. Você acredita nisso?

Não que seja um fato histórico, digno de fogos, feriado ou uma homenagem da Academia Brasileira de Letras. Não sou escritor, poeta, artista... longe disso! A questão é que nunca imaginei ter um blog ou algo semelhante. É verdade que “nunca” tive problemas em expor minha opinião. Contudo, não conseguiria me imaginar fazendo isso dessa forma, escrevendo sobre coisas que penso, acredito, sinto.

Escrevendo, descobri algo novo, ainda que não saiba explicar exatamente o que seja. Às vezes sabemos o que queremos dizer, mas não como dizer. Digamos que em uma época, atípica, escrever se tornou um hábito prazeroso. Espero que para os que acompanham o blog, o período também tenha sido proveitoso. Afinal, gostando ou não dos textos, vocês fazem parte disso tudo!

O Codificando Ideias aproveitou a ocasião para "entrevistar" Wagner Silva. Em um “bate-papo” descontraído ele falou sobre o início, os desafios e o futuro do blog.

Codificando Ideias – Como surgiu a ideia do blog?
Wagner Silva – Sinceramente, não foi algo planejado, simplesmente aconteceu. Em 2011, ao fazer uma viagem, tive a sensação de que “precisava” escrever sobre algumas coisas. No retorno criei o blog. No entanto, em meio a correria da época acabei não postando nada. 

Codificando Ideias – E quando resolveu escrever?
Wagner Silva – Nem lembrava mais da existência do blog (que se encontrava inativo), quando decidi fazer uma tentativa. Após a insistência de algumas (poucas) pessoas que me apoiavam na iniciativa de fazer algo novo, tomei coragem e postei algo. 

Codificando Ideias – Pelo visto, o primeiro post surgiu praticamente um ano e meio (setembro de 2012) após a criação do blog? Por quê? 
Wagner Silva – Exatamente. O blog ficou aproximadamente 18 meses em “estado vegetativo”. Acredito que por ter receio de divulgar os textos. Razão pela qual no início, comentei apenas com pessoas mais próximas.

Codificando Ideias – Qual o objetivo do blog? 
Wagner Silva – Verbalizar. Existe muita coisa que eu gostaria de dizer, mas por alguma razão não é possível. Gosto de discutir (no bom sentido) sobre vários temas. Defender minha opinião, conhecer outras, rever conceitos. Acredito que seja algo fundamental para o nosso "crescimento". Achei que o blog seria um veículo de comunicação que iria possibilitar esse debate.

Codificando Ideias – E você tem conseguido alcançar esse objetivo?
Wagner Silva – Depende do ponto de vista. Consigo expor algumas ideias, mas a discussão raramente ocorre, por falta de comentários. A ideia não é que concordem constantemente comigo, mas que opinem. Certamente, tem muita gente que pode contribuir.

Codificando Ideias – A falta de comentários já te desanimou? Já pensou em abandonar o blog?
Wagner Silva – No início, desanimou um pouco. Porém, conversando com outros amigos percebi que ocorria o mesmo problema com eles. Parece que algumas pessoas gostam de acompanhar blogs, ainda que não tenham o hábito de comentar. No meu caso, houve um declínio de comentários (que já não eram muitos) nos últimos tempos. Entretanto, hoje tenho mais visitas do que antigamente. Digamos que uma coisa compensa a outra (risos). 

Codificando Ideias – Você adotou regras/normas para conduzir o blog?
Wagner Silva – Não diria regras, mas gosto de seguir dois critérios. O primeiro é que não há prazo para postagens. Gosto de escrever (o que não significa que escreva bem), mas não forço a barra. Quando vem alguma ideia tento trabalhar “ela” para que não fuja (risos). A segunda é nunca utilizar o espaço para atingir ninguém. Nada de utilizar postagens para indiretas ou direito de resposta de algo pessoal.

Codificando Ideias – Planos para o futuro?
Wagner Silva – Sim. Escrever (risos). 

Codificando Ideias – Até quando?
Wagner Silva – Quem sabe? Enquanto for prazeroso. Não gosto de fazer nada forçado. A propósito, penso em coisas novas para o blog, gosto do diferente! Não garanto que chegará a 200 posts, mas tentar inovar (e consequentemente melhorar) certamente é uma das propostas.

Codificando Ideias – Algum recado para quem acompanha o Codificando Ideias?
Wagner Silva – Gostaria de agradecer aqueles que apoiam a iniciativa. Seja lendo, divulgando, comentando. O blog tem como finalidade questionar, criticar, codificar. Portanto, participem! É bom saber que tem gente que pensa como a gente, bem como é bom aprender com quem pensa diferente. Um forte abraço!

*****

"Escrever é um processo no qual descobrimos aquilo que vive dentro de nós. O próprio escrever revela o que está vivo. (...) A mais profunda satisfação ao escrever é exatamente que este ato abre novos espaços dentro de nós dos quais não tínhamos consciência antes de começar a escrever" 
[Henri Nouwen]

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O tempo


Dizem que tempo é dinheiro.
Não. Vai muito além disso.
Tempo não se compra, controla, "contorna".
Pode ser amigo. Pode ser rival. 
Ou pode ser ambos. Ele é imparcial.

A verdade é que o tempo modifica tudo.
As visões, os desejos, as opções.
As pessoas mudam. Nós mudamos.
E inevitavelmente as relações também.
E quem é o culpado? O tempo?

O tempo é mistério.
É silêncio. É trovão.
É breve. É longínquo.
Às vezes é paradoxal.
Resumindo: "O tempo é simplesmente o tempo".

"Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final"
[Sobre o Tempo - Pato Fu]

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Da onde vem o tiro?


Falar sobre violência é chover no molhado. Nada do que irei dizer aqui é novidade.  Na verdade, já nos "habituamos" a violência. Certas pessoas não sabem se saem de casa com os pertences, por conta do risco de serem roubadas. Ou se os carregam, com medo de sofrer represália do bandido, por não ter o que "apresentar".

Já faz um tempo que costumo dizer que as pessoas saem de casas e não tem a certeza de que irão voltar. Exagero? Talvez, mas a sensação que às vezes tenho é essa. Infelizmente, para alguns, uma vida pode valer menos que uma pulseira, tênis, celular. Ontem, a vida da dentista (covardemente assassinada) não custou mais que míseros 30 reais.

O que pode ser feito com esse valor? Comprar um cd ou dvd. Caso não seja um lançamento. O que mais? Adquirir um livro. Com essa quantia e um pouco de sorte é possível garantir uma boa leitura. Alguma outra sugestão? Sim. É possível pegar um cinema (sozinho) e comer alguma coisa. Agora a pergunta realmente relevante. Cd, dvd, livro, cinema... alguma dessas coisas vale mais que uma vida?

Não tenho muito o que dizer sobre a violência dos dias atuais. É difícil compreender as atitudes de quem derrama o sangue alheio, muitas vezes por motivos fúteis ou por pura vingança, soberba, ódio. Lembro que durante muito tempo disse aos meus alunos: "Quanto mais conheço o ser humano, mais gosto dos animais". Não é uma "lei". Todavia, levanto essa "bandeira" em algumas circunstâncias.

"Eu vivo sem saber
Até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei, da onde vem o tiro"
[O calibre - Os Paralamas do Sucesso]

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Rara sensibilidade


Algumas pessoas... possuem uma habilidade inata.
Seja para ouvir, escrever, falar...
Transpassam a barreira existente entre o inatingível e o palpável.

Algumas pessoas... demonstram rara sensibilidade.
Se compadecem da dor alheia.
Sabem lidar com o tempo, os sons, as cores.

Algumas pessoas... vão ler este texto.
Não sabem o que penso.
Mas, entendem o que eu digo.

"Mas o tempo, o tempo caleja a sensibilidade"
[Machado de Assis]

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sair...


Às vezes bate uma vontade de sair...
Sem destino, mapas, planos, malas!
Simplesmente, cair na estrada e seguir em “frente”.
Não para conhecer novos lugares ou pessoas.
E sim, para se descobrir, renovar, questionar.

Decifrar o silêncio que “grita” aos ouvidos.
Reorganizar as ideias que se perdem em meio a multidão.
Tentar entender aquilo que não é visível aos olhos.
Ou apenas, aceitar que não ter todas as respostas é essencial.
Afinal, nem sempre acertamos nas perguntas.

"Se você mal consegue suportar a luz da vela, como conseguirá olhar para o Sol?"
[Philip Yancey]

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Até logo!


Não gosto de despedidas!
Prefiro um tchau, até logo, até amanhã, “té mais!”...
Dizer adeus? Nem pensar! Não faz parte do meu vocabulário.
Volta e meia a vida nos apresenta pessoas especiais. 
“Criaturinhas” que aprendemos a gostar de graça.
E parecem nos acompanhar a anos, tamanha a afinidade.
Assim, não resta outra alternativa a não ser trocar a despedida por um “até logo!”.

"A despedida nem sempre é um adeus. 
Pode ser um "até logo", mesmo que o logo ainda seja demorado"
[Mário Pires]

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Qual "fio" cortar?


"Qual fio cortar?". É esse o dilema de muitos personagens de filme, diante de uma bomba-relógio prestes a mandar tudo pelos ares. Como se não fosse o bastante todo o desgaste para chegar até o dispositivo, o "herói", ainda tem a necessidade de decidir qual fio cortar. E quase sempre, o mesmo não dispõe de muito mais do 60 segundos para agir.

Na vida, muitas vezes também precisamos escolher o "fio" correto a se cortar. Nos vemos diante de escolhas que nos consomem por dias. Sem contar, as situações em que temos apenas alguns minutos (ou no máximo horas) para chegar a uma decisão. Algumas escolhas são tão complicadas, que se possível, deixaríamos sob responsabilidade de nossos pais.

Obviamente estou falando de escolhas dignas de reflexão, preocupação, indagação. Não cabe nessa "categoria", a dúvida cruel entre o vestido liso ou de bolinhas. Muito menos a indecisão entre passar o feriado na praia ou na montanha. Escolhas assim, chegam a ser prazerosas!

Fazer escolhas nem sempre é fácil, ainda mais quando podem ser apenas apostas. Quando não temos qualquer garantia de que faremos a melhor escolha. Por vezes, escolher é bem mais do que atender aos nossos desejos e interesses. É uma forma de testarmos até onde vamos para honrar o nosso nome e palavra. Onde o certo é escolher não o que nos agrada, mas o que parece mais sensato, correto, justo.

No fim das contas, qual é a escolha certa? E o que faz das demais opções erradas? Gostaria de possuir uma resposta clara e objetiva acerca disso. Porém, assim como o nosso herói, simplesmente escolho um fio para cortar e torço... para que a contagem regressiva seja interrompida. Caso não seja o suficiente, resta lembrar que de uma forma ou de outra, no final, o herói sempre encontra uma saída.

"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências"
[Pablo Neruda]

segunda-feira, 8 de abril de 2013

"Segundo lar"


Hoje, bateu saudade de estudar. De regressar a escola.
De torcer para cair na mesma sala dos amigos do ano anterior.
Do material escolar novo e da “promessa” de levar os estudos a sério.
Do sinal do recreio, sinalizando que era hora de lanchar, correr, gritar...
Das atividades e avaliações, que tinham um cheiro único por conta do mimeógrafo.
De torcer para chegar às férias e ironicamente depois de um tempo pedir o contrário.

Hoje, bateu saudade de estudar. De regressar a faculdade.
De aguardar ansiosamente um novo semestre para pegar a disciplina tão desejada.
De sofrer por antecipação com uma avaliação que no final nem era tão difícil.
Ou de descobrir que a avaliação que parecia fácil era quase uma sentença de morte.
De deixar o chato pós-prova falando sozinho ao perguntar: "O que você respondeu?".
De ter a convicção que o seu curso é o “melhor” de todos.

Hoje, bateu saudade de ter a escola/faculdade como um "segundo lar".
Dos velhos amigos, que fizeram parte do meu aprendizado, da minha história.
Alguns que nunca mais verei, que perdi o contato, mas não o carinho.
Sinto falta das risadas, discussões, apelidos, chateações... do convívio.
Dos professores que me ajudaram a pensar, questionar, acreditar.
Saudades das boas lembranças que o tempo não pode apagar.

"Saudade é ser, depois de ter"
[Guimarães Rosa] 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Pensamentos...


O que eu penso nem sempre me "leva" a algum lugar. 
Assim, como os caminhos que percorro, muitas vezes me "impedem" de pensar. 
Pensamentos são estradas que podem conduzir a uma bela paisagem. 
Ou nos transportar do "nada a lugar nenhum".

"Pensar é o trabalho mais difícil que existe. 
Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele"
[Henry Ford]

sexta-feira, 29 de março de 2013

Amor incondicional


"When this cruel world tears us apart
Your love is like a river flowing from my heart
When sharpened words have left their scars
Your love is like a river flowing from my heart
And it's overflowing and showing us all
How deep and how wide is your love"
[Your Love Is Like a River - Third Day]

A Páscoa é muito mais do que “coelhinhos” saltitando e escondendo ovos. Vai além de chocolates e lojas repletas de pessoas disputando guloseimas. Também não é um “feriado”, onde iremos reencontrar pessoas queridas. Ou um simples festejo como os outros que acontecem ao longo do ano.

O real sentido da Páscoa é outro. É a prova do amor incondicional, do sacrifício que traz vida e que de tão sublime chega a ser difícil compreender. "Cristo viveu a vida que não poderíamos viver e recebeu a punição que não poderíamos suportar para oferecer uma esperança à qual não poderíamos resistir". Faço minhas as palavras de Max Lucado.


Leitura recomendada: O que você comemora na Páscoa?

terça-feira, 26 de março de 2013

Crie!


“Boa tarde! Eu faço parte do Movimento contra a sede”, foi a frase proferida pelo vendedor de água que adentrou o ônibus. E dessa forma, não apenas arrancou risos dos passageiros, mas conseguiu vender o produto. Quem nunca comprou algo (seja uma bala ou um eletrônico) por conta do atendimento e criatividade do vendedor? Criatividade é “tudo”! Porém, anda em falta nos tempos atuais.

Muitas vezes o diferencial para fechar uma venda, garantir um emprego, se relacionar bem... é a criatividade. Ser original pode fazer toda a diferença. No entanto, vivemos a época do “control c + control v”, onde o que importa é copiar para não “perder” tempo. Tentar impressionar, inovar ou fazer algo novo parece bobagem para muitos. Entretanto, "certas" bobagens podem mudar vidas.

O camelô David “The Camelot” Portes, é um bom exemplo de quem fez da criatividade uma arma para vencer na vida. David chegou a morar na rua, mas hoje é um respeitado empresário/palestrante. Começou seu empreendimento com apenas R$12,00 e hoje chega a receber 12 mil reais por uma palestra de aproximadamente uma hora e meia. Em 2006, recebeu o prêmio World Business como "Palestrante Revelação". 

Poderia citar inúmeras personalidades (como o próprio Steve Jobs) que fizeram de suas novas ideias um "trampolim" para o sucesso e/ou felicidade. Todavia, o exemplo de David é oportuno, pois se trata de um cidadão "comum", um homem que enfrentou dificuldades, obstáculos... como muitos de nós enfrentamos diariamente. Ser criativo pode não resolver todos os nossos problemas (força de vontade, conhecimento, planejamento... também são fundamentais) mas pode ser um grande diferencial em nossa caminhada. 


Deseja saber mais sobre David Portes? Leia: De camelô a empresário milionário

"Para se diferenciar, a criatividade é fundamental. Por incrível que pareça, a coisa mais difícil da criatividade e da diferenciação não é ter novas idéias e sim, ter coragem de acreditar nisso. Em todo lugar, tudo está cada vez mais igual. Quem for diferente pode conquistar o Mundo!" [David Portes]
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