Vamos brincar um pouco?
Prefiro acreditar que sua resposta será muito parecida com aquela que Chaves daria: “Zaz zaz zaz... Eu brinco, depois você brinca e a gente brinca junto... zaz zaz”. Sendo assim, imagine uma sala de aula com 25 garotos. Se preferir, pode imaginar mais, afinal quem vai cuidar deles é você, pois nessa “brincadeira” você é o professor.
Como dizem “cada cabeça um mundo”, logo todos possuem suas particularidades, atributos, vivências. Sendo assim, no grupo – como em qualquer outro – podem ser observados indivíduos com maior ou menor atenção, interesse, dinamismo... Obviamente a combinação de fatores “positivos” pode (ou não) contribuir para que alguns alunos sejam mais bem sucedidos que outros, não apenas na sala de aula, mas em suas vidas.
Diante dessa situação, surge a "dúvida": Você, professor, tem o "direito" de dizer que alguns deles não serão bem sucedidos na vida? Será que o fato de um garoto se destacar em certas habilidades, garante que ele será um cidadão muito bem sucedido, e que seu colega com dificuldades será um pobre miserável? Se alguns enxergam tal comportamento como motivador, discordo totalmente. Certamente, existem outras formas de se motivar um aluno.
O ato de inferiorizar, desdenhar, humilhar não contribui para o desenvolvimento do aluno, discípulo, orientando. Infelizmente, muitas vezes quem se encontra a frente de um grupo, "esquece" que um simples comentário pode influenciar (não apenas positivamente) o futuro de pessoas. A verdade, é que talvez nem todos estejam preparados para ensinar, possuir o conhecimento não parece suficiente.
O líder, mestre ou professor que só sabe lidar com os mais qualificados, ignorando os mais "debilitados", não serve para orientar ninguém. Afinal, muitos deles não compreendem valores fundamentais, que deveriam ser mais trabalhados e valorizados do que qualquer atributo acadêmico/profissional.
"A habilidade pode te levar ao topo, mas é preciso caráter para te manter lá"
[John Wooden]