domingo, 21 de junho de 2020

Parafusos

Parafusos são peças de funcionamento muito simples. Quando "apertados" na medida certa servem para fechar, prender, sustentar... Porém, quando pressionados mais do que o ideal, deixam de funcionar corretamente. É assim com os objetos, é assim conosco. Parafuso que aperta muito não serve, espana! E quando isso acontece, deixa de ser útil, não soma, subtrai. Quando espanados, parafusos ou ideias, de nada servem!

"Teu parafuso a menos
É o tempero que te destaca
De um monte de prego"
/Parafuso a menos - Supercombo/

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Dupla esperança

Tempos difíceis em que até mesmo a esperança caminha com dificuldades. Com uma perna a menos, o inseto, entrou pela janela. No exato momento em que lia uma poesia intitulada "Sempre haverá esperança" do poeta Bráulio Bessa. Então, observei a esperança que, pela parede, se arrastava. E que mesmo com  alguma dificuldade não deixava de tentar, como quem aos poucos se adapta a uma nova realidade. E, por um instante, tive a sensação de que mesmo quando surgem empecilhos que dificultam o caminhar, a esperança, quando impulsionada pela perseverança, nos leva a algum lugar.

"Enquanto você sorrir 
por uma boa lembrança, 
enquanto você lutar 
com uma força que não cansa, 
enquanto você for forte, 
há de haver esperança"
/Bráulio Bessa/

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Memórias

O tempo é mais que dinheiro, pois quando bem empregado permite vivenciarmos boas relações. Coleciono memórias. Porque são as lembranças que me permitem ter a sensação de que investi bem o tempo que a vida me deu.


"É impossível conhecer uma pessoa, diretamente. 
Mas é possível conhecê-la por aquilo que ela guarda."
/Rubem Alves/

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

De onde vem o texto?

De onde vem o texto?
Essa é a pergunta que não quer calar.
Porque estou sempre a procurá-lo.
Como um pássaro livre que pousa na janela toda manhã.
E chega na hora que bem entende.

De onde vem o texto?
Talvez venha de fora.
Seja dos relatos que ouço ou do café compartilhado.
Dos livros que leio, das músicas que me embalam.

De onde vem o texto?
É possível que brote por dentro.
Como nos desabafos que faço.
Ou quem sabe seja fruto daquilo que vejo.
Resultado do riso ofertado, do choro represado.

De onde vem o texto?
Possivelmente, de coisas que sinto.
Da caminhada sem rumo.
Do silêncio que ensurdece ou do barulho que pode inebriar.
Das respostas que não tenho.
E culminam numa incerteza que ora paralisa, ora impulsiona.

De onde vem o texto?
Inegavelmente da forma sútil como a vida pode ser mais leve.
Seja através canto dos pássaros, pureza das crianças, o vento que sobra.

De onde vem o texto?
Será que daquilo que machuca? Ou daquilo que alivia?
De muitos lugares, múltiplas formas e momentos incertos.
De um jeito que não sei explicar.
Porque é ele quem sempre me encontra, e não o contrário.

"De onde vem a canção?
Quando se materializa
No instante que se encanta
Do nada se concretiza
De onde vem a canção?
Pra onde vai a canção?"
/De onde vem a canção - Lenine/
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