Falar sobre violência é chover no molhado. Nada do que irei dizer aqui é novidade. Na verdade, já nos "habituamos" a violência. Certas pessoas não sabem se saem de casa com os pertences, por conta do risco de serem roubadas. Ou se os carregam, com medo de sofrer represália do bandido, por não ter o que "apresentar".
Já faz um tempo que costumo dizer que as pessoas saem de casas e não tem a certeza de que irão voltar. Exagero? Talvez, mas a sensação que às vezes tenho é essa. Infelizmente, para alguns, uma vida pode valer menos que uma pulseira, tênis, celular. Ontem, a vida da dentista (covardemente assassinada) não custou mais que míseros 30 reais.
O que pode ser feito com esse valor? Comprar um cd ou dvd. Caso não seja um lançamento. O que mais? Adquirir um livro. Com essa quantia e um pouco de sorte é possível garantir uma boa leitura. Alguma outra sugestão? Sim. É possível pegar um cinema (sozinho) e comer alguma coisa. Agora a pergunta realmente relevante. Cd, dvd, livro, cinema... alguma dessas coisas vale mais que uma vida?
Não tenho muito o que dizer sobre a violência dos dias atuais. É difícil compreender as atitudes de quem derrama o sangue alheio, muitas vezes por motivos fúteis ou por pura vingança, soberba, ódio. Lembro que durante muito tempo disse aos meus alunos: "Quanto mais conheço o ser humano, mais gosto dos animais". Não é uma "lei". Todavia, levanto essa "bandeira" em algumas circunstâncias.
"Eu vivo sem saber
Até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei, da onde vem o tiro"
[O calibre - Os Paralamas do Sucesso]
De fato é essa situação que vivemos, infelizmente.
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Realmente, Steve. Querendo ou não, nos acostumamos (ou seria acomodamos?) a viver com o que não é normal, mas se tornou comum.
ExcluirObrigado pela visita!