Comecei a escrever de forma despretensiosa. E, sinceramente, nunca imaginei que levaria isso tão a sério. Hoje, é mais do que um hábito, é uma necessidade. Estou sempre pensando em escrever. Algumas vezes, é algo simples, em questão de minutos sei o que "preciso" escrever. Porém, pode demorar horas, às vezes, dias até que eu conclua uma ideia. Não tenho regras, parâmetros, diretrizes. E prefiro que assim seja, gosto do natural, do espontâneo.
E dessa forma, as ideias vão surgindo. Pode vir de uma canção, imagem, conversa. Por vezes, surgem de uma sensação, experiência, desejo. Do inesperado, do mistério, do silêncio. As ideias, simplesmente, aparecem. E quando sou capaz, trato de dar algum formato a elas. Escrevo sobre o que vivo, vejo, penso. Algumas coisas devem ficar claras, outras nem tanto.
Talvez, o mais legal de escrever, seja saber que alguém (sabe lá onde, quando, como, por qual razão) irá se identificar com o seu texto. Que uma infinidade de sensações, podem brotar de algo que por um instante poderia ter sido sufocado, omitido, suprimido. E alguém entende o que tento dizer, mesmo, podendo não saber exatamente o que sinto.
Na verdade, não tenho total noção do alcance das minhas palavras, gestos, atitudes. Logo, não sei o que as pessoas esperam dos textos que escrevo. Todavia, tenho a esperança, de que sejam alcançadas. Afinal, quando escrevo, as palavras deixam de ser apenas minhas. Elas passam a ser de todos aqueles que estão dispostos a aceitá-las.
"Tem gente que escreve por ego, ou só para fazer firula.
O meu texto é simples, sincero, é tinta que sai da medula.
Eu chuto as palavras pra fora e elas que vem me buscar, num jogo de bola e gandula."
O meu texto é simples, sincero, é tinta que sai da medula.
Eu chuto as palavras pra fora e elas que vem me buscar, num jogo de bola e gandula."
[Linhas tortas - Gabriel, o Pensador]