segunda-feira, 11 de março de 2013

Janelas


“Os últimos tempos se assemelham a um quadro velho e empoeirado, esquecido em uma parede qualquer, sem cor ou qualquer outro atrativo”. Nos últimos dias, Judy não se cansava de repetir a frase. Já não suportava mais aquela rotina. Os dias eram quase sempre iguais, previsíveis, entediantes. 

Certa feita, ao recorrer a uma simples janela em busca de alívio momentâneo, notou que a mesma, era bem mais do que um buraco na parede. Podia ser também um escape, um camarote, uma chance de enxergar lá “fora”... além das paredes que muitas vezem nos cercam e aprisionam. 

Naquele instante, Judy, entendeu que uma janela pode ser também um “quadro”, dotado de várias formas, cores, sons, aromas. A chance de vislumbrar outros ambientes, possibilidades e quem sabe de fazer dos dias vindouros uma nova obra de arte. Afinal, sempre haverá espaço na parede para um novo e colorido quadro.

"Da janela lateral
Do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro 
Vejo uma grade, um velho sinal"
[Paisagem natural - Flávio Venturini]

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