Dívida. Seja externa, de amor, da mercearia... é sempre dívida. Cada uma com sua importância e valor. O que muita gente esquece ou desconhece, é que existe um "outro" tipo de dívida. Aquele compromisso que deixamos de honrar com nós mesmos: a dívida pessoal.
A verdade é que muitas pessoas sabem lidar muito bem com números e compromissos, conseguindo fugir do "vermelho". No entanto, acabam se tornando "auto-devedores". Estranho não é? Sim, mas se pensarmos um pouquinho, podemos encontrar (quem sabe?) nosso nome nesse "órgão" de fiscalização pessoal.
Quantas vezes deixamos para "depois" aquela viagem tão desejada e planejada, mas que nunca sai da nossa imaginação? Ou aquele projeto pessoal que tem tudo pra dar certo (ou não), mas você nunca descobrirá, porque ele nunca sairá do papel!
E foi revendo umas velharias musicais, que me dei conta do quão ando em débito com Wagner. E escutando e pensando... vieram a mente viagens, parcerias, projetos. Um skate que nunca sai da imaginação, um violão que outrora era xodó e hoje vive abandonado, livros que antes fascinavam e agora "sobrevivem" de pó.
Não sei qual o tamanho da sua dívida. Afinal, a minha já ocupa muito da minha (agora pesada) consciência. Claro que muito do que desejamos não pode ser realizado com um simples estalar de dedos. Entretanto, percebo que algumas coisas deixam de ser executadas por falta de afinco e motivação.
Sou "devedor", não nego! E espero em breve pagar boa parte dessas contas... com muitas visitas, viagens, bate-papos, risadas. E com um pôr de sol aqui, um anoitecer ali, irei pagando em suaves e prazerosas prestações. O autor agradece!
"Enquanto o meu tempo for escasso
Enquanto... vou tentar aproveitar"
(Chapirous - Rumbora)