segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

De quem é a responsabilidade?


Faço minhas as palavras (sensatas) de Mafalda.

"Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, 
tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o 
Ano Novo cochila e espera desde sempre" 
(Carlos Drummond de Andrade)

(Auto) Retrospectiva

Outro ano se vai! E o fim de um ciclo é sempre uma oportunidade de reflexão.
Não proponho relembrar o que aconteceu no mundo em 2012.
Já basta o que revemos (ou não) na tv, internet, jornais e revistas.

E se a melhor retrospectiva for justamente a sua? Como assim?
Simples e fácil. O que você fez da sua vida no ano que passou?
Coisa boas... outras nem tanto! Oportunidades aproveitadas... algumas perdidas!

Só você pode dizer quem foi importante ou perdeu "ibope" com você.
O que te agradou ao longo desses 12 meses? O que deixou de ser prioridade?
Quem esteve ao seu lado? Ou partiu de vez, por “nunca” se fazer presente?

Risos, lágrimas, vitórias, derrotas, abraços, empurrões...
Tudo foi parte de mais um ano. Tudo faz parte do aprendizado.
Pode ter sido passageiro. Ou talvez seja duradouro.

Acredito que cada ano que acaba, leva um pouco da gente.
Talvez seja necessário. Pois só assim, haverá espaço para a chegada do novo.
E da junção do novo e "velho"... surge o atual. Nascerá o 2013!

"Que venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer"
(Humberto Gessinger)

domingo, 30 de dezembro de 2012

Silêncio


Não adianta! Chorar, gritar, murmurar... não resolve.
Existem momentos em que as palavras não formam frases.
As ideias não passam de “nuvens” que facilmente se movem e partem.
Você sabe o que dizer, mas não como dizer. Ou exatamente o oposto.
Nessas horas, não resta muita coisa, a não ser “escutar” o silêncio.

"Há palavras que dizemos e outras que se dizem
Existem em nós, não atendem a nossa voz"
(O Silêncio – Catedral)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O real sentido


Então é Natal
E o que você fez?
(John Lennon)

Sou da época em que escutar Happy Christmas (War Is Over) na véspera de Natal, além de inevitável, era agradável. Em que a torcida para o relógio marcar meia-noite era grande, mesmo sabendo que os presentes só chegariam durante a madrugada, quando você já estaria dormindo. No Brasil até Papai Noel atrasa! Ou por falta de compromisso ou por ficar sobrecarregado. 

Depois você cresce um pouco, e descobre que o "bom velhinho" é apenas um homem vestido de vermelho, em uma roupa que deve matar o coitado de calor. Entende que seus pais preferem que você acredite no Papai Noel, pois é a chance de justificar o não recebimento daquele presente que você tanto desejava. Percebe que Simone tentou fazer uma versão de Happy Christmas (War Is Over), mas que ainda é melhor escutar na voz de John Lennon. 

E passado mais alguns anos, cai a ficha de que o Natal virou apenas uma "festa" comercial. Onde uns se preocupam apenas em vender e outros em comprar. Na verdade, imagino que alguns não tem a menor noção do que a data representa. Não quero falar de religião ou religiosidade, mas goste ou não, a data simboliza o nascimento do homem que mudou o curso da história.

Já seria de bom tamanho que deixássemos de lado esse papo de espírito natalino no Natal. É cansativo escutar as pessoas dizendo é hora de amar, perdoar, ser solidário... Ótimo, mas apenas no Natal? E nos outros 364 dias do ano? 

Talvez, um dia os sorrisos, abraços, a compaixão, o amor... durem mais que o peru de Natal. E possamos aprender um pouco mais de amor, com quem deu a maior demonstração de tal atitude/sentimento: o próprio Jesus Cristo.

“A medida de amar é amar sem medida
Preparar para decolar
Contagem regressiva
A medida de amar é amar sem medida”
(Números – Engenheiros do Hawaii)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Algo...


E da varanda observava...
Crianças brincando na rua. Adolescentes se reunindo, assim como ele fizera outrora
Luzes de Natal decoravam as casas, enquanto uma bela música tocava ao fundo.
Nas calçadas, pessoas conversavam com um entusiasmo típico da época.
E sabia que algo não estava em seu devido lugar.

"Algo está acontecendo aqui 
Mas você não sabe o que é"
(Bob Dylan)

E o mundo não acabou!


Espero que também não acabe a esperança, sensatez e motivação. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Justiça (?)


Dizem que a justiça é cega. Concordo plenamente!
E tenho quase certeza de que também é muda e surda.

"Tirem a venda dos olhos da justiça
Pra que ela possa enxergar
Mais claramente
O que se passa bem ali
Na sua frente"
(Justiça cega - Zé Ramalho)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Lágrimas, dor e suor


Cerca de três, quatro vezes na semana, deixo o "conforto" da minha casa e caminho cerca de 1 km (ida e volta), ao encontro da "ação"! Enquanto me desloco ao locus da ação, muitas coisas permeiam meus pensamentos. Ânimo, preguiça, alegria, tristeza, preocupação... são sensações, que vez ou outra me acompanham no percurso de ida. 

Depois de caminhar pensando em diversas coisas ou tentando não pensar em nada, chego ao encontro dos demais colegas, que assim como eu, possuem um objetivo em comum. E depois de aproximadamente duas horas de suor, muita água e algumas dores lá vou eu retornado para "minha humilde residência", como diria uma dessas músicas que "você" não curte, mas de tanto tocar (em todos os lugares possíveis no mundo) acabam adentrando nossa mente. Algumas vezes, retorno pela rua escura e quase vazia (por volta de 22h) me sentindo um boneco (sem braço, perna...) de criança de cinco, seis anos.

O curioso é que nunca sei ao certo qual a sensação que terei quando saio de casa. Todavia, o desejo ao retornar é sempre o mesmo. Vontade de continuar tentando... independente de dor, esforço, cansaço. O que isso significa? Que eu sou masoquista? Não. Significa que muito do que almejamos, desejamos, sonhamos... requer esforço, dedicação, persistência. Que muitas vezes só iremos alcançar a vitória, conquista ou seja lá o que for, através de muitas lágrimas, dor e suor.

Sempre soube que o esporte "trabalha" uma série de aspectos: respeito, criatividade, coordenação, socialização... No entanto, a cada dia que passa, percebo como o esporte também pode nos ensinar muitas coisas que (infelizmente) não nos ensinaram na sala de aula e/ou de casa.


"Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes...

O sucesso é construído à noite!
Durante o dia você faz o que todos fazem...

Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas...

Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina...

Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio.
Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa."
(Roberto Shinyashiki)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Uns dias


Passar uns dias fora de casa quase sempre me faz bem. Principalmente, quando o destino é longe demais das capitais, como diria Humberto Gessinger. 

Tenho a ligeira impressão de que de "fora", conseguimos enxergar melhor... o que talvez esteja mais claro do que pensamos.

Dias bons... geram boas sensações, reflexões, perspectivas! 
Afinal, em alguns momentos, partir é necessário... para quem deseja ficar.

"Eu tive fora uns dias
Numa onda diferente"
(Uns dias - Os Paralamas do Sucesso)

Déjà vu


De tempos em tempos decretam o fim do mundo. Cometa Halley, Nostradamus e agora o tão “temido” calendário maia. Sinceramente, não creio que o mundo irá acabar no próximo dia 21. Caso contrário, não estaria a uma altura dessas escrevendo mais um post. Provavelmente, nem estaria mais utilizando computador a uma altura dessas. 

Agora, quando o assunto é o destino do nosso querido país, não é preciso ser nenhum gênio para imaginar as cenas dos próximos capítulos. Dia desses, estava conversando com meus botões, sobre alguns problemas (saúde, educação, moradia, transporte...) sérios que o brasileiro enfrenta. Penso que se pelo menos 60% dos “representantes” do povo estivessem empenhados em mudar a situação, muita coisa seria diferente. Os problemas continuariam a existir, porém a vida seria mais digna.

Algum tempo atrás, estava discutindo com uma pessoa que me considerou pessimista em relação a esse assunto. Só porque eu disse que o Brasil tem jeito (quase tudo na vida tem jeito), mas não sabia se “dariam” um jeito nele. E conclui dizendo que se um dia melhorasse, talvez não estivesse mais “aqui” para presenciar. Ela não concordou... e tem todo o direito de discordar!. Só não acredito que seja pessimismo, mas a realidade que eu vivo. 

Confesso que é difícil acreditar em um futuro tão promissor para o país da Copa. Principalmente para quem assiste/escuta todos os dias aos noticiários.

"Vamos celebrar a aberração 
De toda a nossa falta 
De bom senso
Nosso descaso por educação"
(Perfeição - Legião Urbana)

sábado, 15 de dezembro de 2012

Dívida


Dívida. Seja externa, de amor, da mercearia... é sempre dívida. Cada uma com sua importância e valor. O que muita gente esquece ou desconhece, é que existe um "outro" tipo de dívida. Aquele compromisso que deixamos de honrar com nós mesmos: a dívida pessoal. 

A verdade é que muitas pessoas sabem lidar muito bem com números e compromissos, conseguindo fugir do "vermelho". No entanto, acabam se tornando "auto-devedores". Estranho não é? Sim, mas se pensarmos um pouquinho, podemos encontrar (quem sabe?) nosso nome nesse "órgão" de fiscalização pessoal.

Quantas vezes deixamos para "depois" aquela viagem tão desejada e planejada, mas que nunca sai da nossa imaginação? Ou aquele projeto pessoal que tem tudo pra dar certo (ou não), mas você nunca descobrirá, porque ele nunca sairá do papel!  

E foi revendo umas velharias musicais, que me dei conta do quão ando em débito com Wagner. E escutando e pensando... vieram a mente viagens, parcerias, projetos. Um skate que nunca sai da imaginação, um violão que outrora era xodó e hoje vive abandonado, livros que antes fascinavam  e agora "sobrevivem" de pó. 
Não sei qual o tamanho da sua dívida. Afinal, a minha já ocupa muito da minha (agora pesada) consciência. Claro que muito do que desejamos não pode ser realizado com um simples estalar de dedos. Entretanto, percebo que algumas coisas deixam de ser executadas por falta de afinco e motivação.

Sou "devedor", não nego! E espero em breve pagar boa parte dessas contas... com muitas visitas, viagens, bate-papos, risadas. E com um pôr de sol aqui, um anoitecer ali, irei pagando em suaves e prazerosas prestações. O autor agradece!

"Enquanto o meu tempo for escasso
Enquanto... vou tentar aproveitar"
(Chapirous - Rumbora)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"Don't stop dancing"


O que fazer quando a "música" não mais tocar?
Quando o silêncio insistir em ecoar.
O que nos resta?
Continuar a dançar!

Não que seja fácil...
É uma questão de necessidade.
Já conhecemos a melodia.
E descobrir novos "passos", é questão de tempo e persistência.

"But I know I must go on
Although I hurt I must be strong
Because inside I know that many feel this way

Children don't stop dancing
Believe you can fly
Away... away"

(Don't stop dancing - Creed)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

E se...


Já imaginou como seria um mundo, em que o "ser" fosse mais que o "ter"?
Onde o dinheiro servisse as pessoas, e não o contrário. 
Um lugar em que as vidas, fossem mais importantes que os números.

Chega a ser difícil imaginar um mundo assim. 
Tanto, que poderia render um bom filme... de ficção é claro! 
Pensando bem, não sei se um enredo desses, seria sucesso de bilheteria.

"Nessa terra de gigantes
Que trocam vidas por diamantes...
... o que faço com esses números?" 
(Terra de Gigantes/Números - Engenheiros do Hawaii)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Simples assim!


Talvez, os valores que prezo, me tornem utópico aos olhos de algumas pessoas.
Pode ser que sim, pode ser que não! Tudo é uma questão de opinião.
Tenho certos ideais por acreditar neles, e não para posar de bom moço.

Acredito também que podemos, mas não iremos reverter a atual situação.
Entretanto, é possível tornar o mundo um lugar melhor para se viver.
Não precisamos tentar salvar o mundo. Apenas adotar pequenas atitudes.

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