Vivemos em um mundo, onde os erros e falhas muitas vezes não são tolerados. E quando eles ocorrem, "precisamos" encontrar alguém para colocarmos a culpa. Basta acontecer algo indesejado e logo "surgem" dedinhos apontados para todas as direções.
Claro, que em muitas ocasiões existem responsáveis (que até mesmo devem "responder") pelos seus atos. Entretanto, muitas vezes a obsessão pela "causa", interfere na obtenção da "solução". O que pode tornar um simples "acontecimento" em um grande problema.
“Um casal saiu de férias. Ao voltar, encontraram a casa arrombada; os ladrões tinham levado tudo.
O marido acusou a mulher, dizendo que as trancas não tinham sido colocadas. Ela afirmou que ele esquecera de fechar a porta com a chave. Uma longa discussão começou, até que os vizinhos chamaram um padre para serenar os ânimos.
“A culpa é dela, que sempre foi desleixada”, disse o marido.
“Não, a culpa é dele, que não presta atenção no que faz”, respondeu a mulher.
“Um momento”, disse o padre. “Vivemos culpando uns aos outros por coisas que jamais fizemos, e terminamos carregando um fardo que não é nosso. Será que nunca lhes ocorreu a ideia que os ladrões são os verdadeiros culpados pelo roubo?””
(Paulo Coelho)
Fonte:
Coelho, Paulo. 2012. De quem é a culpa.
(http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2012/10/03/de-quem-e-a-culpa-2/)
(http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2012/10/03/de-quem-e-a-culpa-2/)
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