29 de Outubro - Dia Nacional do Livro |
"O nosso conhecimento é uma das poucas coisas que ninguém pode tirar". Escutei isso quando estava na 6ª série e nunca mais esqueci. Não tenho dúvidas que muito do que "sabemos" é oriundo das experiências que vivenciamos, bem como do contato com o próximo. Mas certamente, muito do que aprendemos ao longo do tempo é fruto daquilo que lemos.
Cresci rodeado de livros, minha mãe tinha (porque já doou muito deles) um considerável acervo que variava das obras de Monteiro Lobato a enciclopédias falando do corpo humano e dos países. Em meio a uma partida de video-game e uma de futebol, fui adquirindo o hábito de ler. Verdade que não era um "devorador" de livros, mas lia algumas coisas que me chamavam atenção, embora minha preferência fosse por revistas e jornais.
O incentivo de minha mãe (na época professora) pela leitura, fez toda a diferença nos meus estudos. Até mesmo porque nunca criei problemas para ler, na época do colégio e da faculdade. A propósito, foi ela que me alfabetizou, antes mesmo de entrar no Ensino Fundamental. Lembro da primeira vez que consegui ler algo, era uma figurinha da Copa de 90 do Ricardo Gomes. Consegui associar as letras e "formar" R-I-C-A-R-D-O. Me recordo também da alegria e de sair correndo para a avisar minha mãe.
Infelizmente, nem todos foram estimulados desde cedo a ler. Uma pena, pois os livros são uma porta aberta para uma série de coisas boas: fantasia, liberdade, consciência, etc. Em um país, onde a tv aberta serve mais para "confundir" do que para direcionar as pessoas, os livros são uma ferramenta com um valor imensurável. Confesso que leio menos do que deveria, embora tenha buscado usufruir cada vez mais, das maravilhas que os bons livros nos proporcionam.
Não me incomodo que algumas pessoas comparem livros a armas. Muito pelo contrário, apoio totalmente que as pessoas façam uso desenfreado desse tipo de armamento. O dia em que nossas crianças forem estimuladas a empunhar essa "arma" desde cedo, teremos um povo mais preparado para a nossa "guerra" cotidiana. Pois como diria Paulo Freire, "Ler, não é caminhar sobre as letras, mas interpretar o mundo e poder lançar sua palavra sobre ele, interferir no mundo pela ação".
"Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra,
o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana"
(Edmundo de Amicis)
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