sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"Seria cômico... se não fosse trágico"

Em um passado não muito distante, Martin Luther King disse:


Espero (ansiosamente) que essas palavras um dia se tornem realidade em nosso país. Porém, vejo isso como um "sonho" distante. Não é preciso pensar muito para saber porque penso assim, mas apenas "olhar" para o que vemos nas ruas, escolas, hospitais... e eleições!

Nunca escondi que não suporto política, embora compreenda sua real importância. Na verdade, "gostei" em um único momento, quando tinha quatro ou cinco anos e meu pai chegava em casa cheio de panfletos, adesivos, fitas, bandeiras, bonés... que ganhava na rua e me dava para brincar. Do alto de minha inocência, me divertia muito com tudo aquilo, sem ter a menor noção do quão "nocivo" era todo aquele material.

Tamanha é minha indiferença por essa época do ano (que "infelizmente" ocorre a cada dois anos), que dentre os vários temas que permeiam minha mente, jamais tive grande interesse em escrever sobre esse assunto. Todavia, por mais que eu "corra" é impossível não ver propagandas nas ruas, escutar os jingles mais irritantes e ridículos possíveis, bem como ter que aturar todos os dias esse "povo" adentrar a sala da minha casa pela televisão.

Surpreso fiquei, ao chegar em casa e "me pegar" assistindo ao debate político. Talvez, tenha sido apenas por pura "diversão". Diversão? Isso mesmo,  porque ver os candidatos, ano após ano, prometendo coisas que nunca são cumpridas (ou você já andou de metrô em Salvador?), de uma forma tão convincente que parece verdade, me faz literalmente "gargalhar"! Não gosto de circo, mas acredito que a sensação que a platéia tem nesses espetáculos, não deve ser muito diferente da que sinto assistindo a esses debates.

Não sou tão ingênuo em acreditar que os únicos culpados pelos problemas que enfrentamos diariamente, sejam apenas os governantes. Mas não tenho dúvidas que eles são responsáveis (e muito) pelo "caos" em que vivemos. Sei também que temos a responsabilidade de eleger pessoas comprometidas, honestas e capacitadas. No entanto, onde estão esses candidatos? Eles existem? Eles estão preparados? Difícil encontrar essa resposta! Talvez (ainda que inconscientemente), tenha assistindo a "mais um" desses debates não apenas para me "divertir". Mas pela esperança, de um "dia" encontrar alguém que mereça o meu voto, que pode não parecer, mas vale muito!  


Fonte

King, S. C. 2009. As palavras de Martin Luther King. Editora Zahar.

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