sábado, 24 de novembro de 2012

Aliados

Profº Alvacir Sousa, mais um exemplo de que a Educação ainda sobrevive!

Um dia desses consegui (após duas tentativas frustradas) assistir "O Resgate do Soldado Ryan". É mais um daqueles filmes que me fazem pensar em uma série de coisas. Qual o sentido das guerras? Existe algum "vencedor"? Por que os principais interessados não empunham armas e saem para o combate?

O curioso é que uma pergunta em especial, volta e meia adentra meus pensamentos: O que deve se passar na mente de um soldado em meio a guerra? Não falo de um soldado qualquer, mas daquele que felizmente (ou não) sobreviveu aos confrontos. O último do pelotão, solitário, abandonado pelo "destino". A guerra não terminou,  e ele se encontra em meio a corpos, destroços, ruínas... em solo inimigo. O que ele pensa?

Não tenho a resposta! Nunca fui a uma guerra. De qualquer forma, sou um soldado/sobrevivente, que "serve" em confrontos, combates, talvez até em guerras. A verdade é que todos nós, enfrentamos diariamente nossos conflitos. Às vezes ganhamos, outras perdemos... em outros momentos, travamos combates que irão perdurar por anos, talvez gerações. E foi em mais um desses combates que encontrei mais um "soldado", ou melhor, um professor. O Profº Alvacir Sousa, mais um guerreiro nessa luta (desigual) pela Educação. 

Há alguns meses, o colega (dos tempos de faculdade) havia me convidado para falar um pouco sobre abelhas sem ferrão, no colégio em que trabalha. Claro que não iria perder uma oportunidade dessas. Afinal, não precisa me conhecer muito para saber o quanto gosto de crianças e abelhas. A "combinação" não poderia ser melhor. Não apenas pelo meu próprio prazer, mas por acreditar que a Educação é um dos alicerces fundamentais para o desenvolvimento de qualquer sociedade. E porque as crianças e jovens do presente, são os adultos de amanhã.

Enfim, chegou o dia. A atividade com a garotada foi muito boa! Estava realmente precisando vivenciar (novamente) algo assim. Entretanto, o que mais me "tocou" nessa tarde foi algo que vi. Sabe o que vi? Uma bela Feira de Ciências, desenvolvida, coordenada, por um homem... por um professor que acredita no que faz e sabe da sua relevância, enquanto formador de opinião. Que mesmo em meio a dificuldades não se deixou abater, mas seguiu em frente. Como aquele soldado solitário, que sabia da sua missão... e entende que ainda que não possa vencer todo um exército, pode fazer a sua parte.

Continuo sem saber o que pensa um soldado em meio o frio, fome, medo, solidão... Tão pouco, sei quais os conflitos você encara a partir do momento que abre os olhos pela manhã. O que eu posso lhe dizer, é que na Guerra da Educação, algumas vezes me vejo sozinho em campo de batalha. Me vejo sem armas, sem táticas, sem chances de vencer sozinho. Mas continuo ciente da missão... e acabo encontrando forças para lutar! Sabendo que em algum momento, em uma "trincheira" qualquer, irei encontrar um soldado aliado. 

"Professores ideais são aqueles que se transformam em pontes e que convidam os alunos a cruzá-la, depois de ter facilitado sua passagem, com alegria e colapso, incentivando-os a criar pontes a partir de suas próprias atitudes" 
(Nikos Kazantzakis)

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